Palavrão cantado

Projeto “Palavrão Cantado” terá músicas infantis polêmicas; ouça trechos

Carlos_Careqa_-_divulgacao-450x270

“Mamãe, onde é que fica o cu?” É o que pergunta Carlos Careqa na canção “Onde É que Fica?”, que faz parte do seu novo projeto infantil batizado de Palavrão Cantado. Isso mesmo, infantil.

Ele decidiu inovar, chutar o balde e gravar uma série de músicas mais “sacanas” para crianças, falando de arroto, morte, masturbação. “Elas são mais inteligentes do que pensamos, acessam internet, veem televisão abertamente, gostam de falar bobagem sem culpa”, diz o artista, que possui oito álbuns autorais lançados. Sobre o cenário musical infantil de hoje em dia, ele acha que “ninguém busca novos enfoques, [os artistas] vão atrás do que está dando certo”.

A produção do novo disco, feita em parceria com Mario Manga e Marcio Nigro, começou agora, em São Paulo, e a ideia é correr para conseguir lançá-lo no Dia das Crianças, em 12 de outubro. As 11 músicas estão prontas, todas compostas por Careqa, e com nomes já definidos: “Rap do Peido”, “O Diamante Azul do Vovô” (sobre Viagra), “Por que que a Vovó Tá Fria?” e “Exame de Fezes” são algumas delas.

“O disco será bem polêmico, e eu espero que seja, não quero cair na vala comum”, afirma o cantor e compositor, que diz não estar interessado em “mercado”. Ele classifica o projeto como suicida, “pois talvez não possa fazer show em nenhum lugar”.

O compositor já lançou oito álbuns autorais e foi gravado por Daniela Mercury (“Seio da Bahia”) e Chico Buarque (“Minha Música”), entre outros cantores. O amigo Chico, aliás, deu uma canja há três semanas num show em que Careqa lançou o álbum “Ladeira da Memória”, do qual foi produtor e idealizador.

Careqa também já participou de filmes nacionais, incluindo “A Canção de Baal” (2009), de Helena Ignez, premiado no Festival de Gramado na categoria melhor diretor de arte.

PARA ADULTOS OU CRIANÇAS?

“Talvez os pais gostem mais”, diz Careqa. “Acho que metade vai gostar e deixar o filho escutar, e a outra metade vai proibir.” Por ele, tudo bem. “Não espero unanimidade mesmo, mas acho interessante este posicionamento iconoclástico.”

Sobre os temas abordados pelo Palavrão Cantado, cujo nome faz alusão à dupla de sucesso Palavra Cantada (de Paulo Tatit e Sandra Peres), o artista acha que “as crianças menores não vão entender, e as de sete anos ou mais já vão sacar um pouco”.

Segundo o cantor, “as músicas são indicadas para aquela criança que existe dentro da gente, já que é ela que nos faz sorrir e acreditar em dias melhores”. E diz que “música infantil para adultos” seria um bom subtítulo.

Robson Neves via Folha de São Paulo

Peregrinos e as filas de até 5 horas

Peregrinos encaram fila de até 5h no Metrô Rio com humor, oração e ‘ola’

Apenas uma máquina para validar cartão do kit peregrino funcionou na 4ª.
Pelo menos mil pessoas se aglomeraram na estação Carioca, no Centro.

Os peregrinos da Jornada Mundial da Juventude tiveram uma volta para casa agitada na noite desta quarta-feira (24). Fiéis — na maioria espectadores do Festival Halleluya, que aconteceu na Lapa, no Centro do Rio — encararam filas de até 5 horas para embarcar no Metrô Rio, por conta de uma demora no sistema. O G1 tentou contato com a concessionária, mas não obteve retorno.

O kit peregrino, cujo bilhete dava direito a três viagens, precisava ser validado num caixa. Cada cartão deveria ser passado três vezes nas máquinas de validação, mas apenas uma delas podia ser utilizada para não paralisar o sistema. Com milhares de passageiros, a espera se prolongou por muito tempo, que foi combatido com orações, músicas e muita alegria por parte dos peregrinos, com direito a “ola”.

Peregrinos jantaram na estação Carioca (Foto: Andressa Gonçalves/G1)Peregrinos jantaram na estação Carioca
(Foto: Andressa Gonçalves/G1)

A estação chegou a ser fechada para não aumentar as filas. Os fiéis se sentaram e se alimentaram na estação. “Todo mundo dançou, cantou. A gente rezou o Pai-Nosso e Ave Maria para espantar o cansaço. O tempo passa mais rápido, mas não aguentamos e jantamos”, disse Danilo Domingues.

Segundo um funcionário do Metrô, o problema ocorreu porque quando uma grande quantidade de cartões é validada, as outras máquinas não funcionam. Também em tom bem-humorado, os seguranças comemoraram um público diferente do habitual. “Se isso ocorresse em um dia comum, a reclamação seria grande”, disse um agente.

Fonte G1 via Robson Neves

Dilma veta multa de inss

Dilma veta fim da multa de 10% do FGTS em demissão sem justa causa

Projeto havia sido aprovado na Câmara no início do mês.
Dilma alegou que texto levaria à redução de investimentos na área social.

A presidente Dilma Rousseff vetou o projeto de lei que previa a extinção da multa rescisória de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelos empregadores nas demissões sem justa causa. O texto foi aprovado pelo Senado e, no início deste mês, aprovado também pela Câmara, quando foi enviado à sanção da presidente. O veto de Dilma foi publicado nesta quinta-feira (25) no “Diário Oficial da União”.

A contribuição havia sido criada em 2001 para cobrir rombos nas contas do FGTS provocados pelos Planos Verão e Collor 1, em 1989 e 1990. De autoria do ex-senador Renato Casagrande (PSB-ES), atual governador do Espírito Santo, a votação do projeto gerou divisão na base governista na Câmara. O Palácio do Planalto defendeu que a base aliada votasse contra o texto, mas algumas bancadas desobedeceram a orientação.

Na justificativa para o veto, publicada no DOU, a presidente Dilma disse que “a sanção do texto levaria à redução de investimentos em importantes programas sociais e em ações estratégicas de infraestrutura, notadamente naquelas realizadas por meio do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FI-FGTS. Particularmente, a medida impactaria fortemente o desenvolvimento do Programa Minha Casa, Minha Vida, cujos beneficiários são majoritariamente os próprios correntistas do FGTS”.

Dilma disse também que a proposta de extinção da multa “não está acompanhada das estimativas de impacto orçamentário-financeiro e da indicação das devidas medidas compensatórias, em contrariedade à Lei de Responsabilidade Fiscal”.

Segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante os 11 anos em que a regra esteve em vigor, os empresários desembolsaram R$ 45,3 bilhões para reequilibrar as contas do FGTS.

Em fevereiro do ano passado, o Conselho Curador do FGTS informou ao governo que a conta com os trabalhadores estava quitada, e o adicional de 10% poderia ser extinto. Mas o governo manteve a contribuição.

A última parcela das dívidas geradas com os planos econômicos foi paga em junho de 2012. A CNI calcula que, entre julho de 2012 e abril de 2013, os empresários tiveram de arcar com R$ 2,7 bilhões.

Além da multa rescisória de 10%, o empregador que demite sem justa causa paga ao empregado indenização equivalente a 40% do saldo do FGTS.

Oposição
Em nota, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (PSDB-SP), disse que vai defender “a derrubada do veto pelo Congresso até o final de agosto”.  “O veto só comprova a sanha arrecadatória da gestão petista, que, ao invés de cortar gastos com a inchada máquina pública e reduzir o número de ministérios, transfere a responsabilidade para os empregadores”, afirmou.

No dia 11 deste mês o Congresso aprovou nova regra para apreciação de vetos presidenciais. Pelo texto, vetos feitos a partir de 1º de julho trancarão a pauta do Congresso 30 dias após serem protocolados. O mecanismo é uma forma de evitar que vetos presidenciais deixem de ser analisados no Congresso.

Celebridade da semana

CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DESSE GRANDE PENSADOR

images (1)

Thomás Hobbes nasceu em Westport, em 1588. Filho de clérigo, Hobbes, em 1608, sai da Universidade de Oxford e se torna preceptor do filho de Lord Cavendish. Durante toda sua vida, ele será o amigo devotado dos Stuarts. Antes mesmo da revolução de 1648, que vai suprimir o poder real, ele foge da Inglaterra, onde se sente ameaçado por causa de suas convicções monarquistas. Viajará por diversos países da Europa, notadamente pela Itália (encontrará Galileu em Florença) e sobretudo pela França (encontrará o padre Mersenne em Paris). Retornará à Inglaterra por ocasião da restauração de Carlos II em 1660.

 

Em 1642, ele publica em Paris o De Cive e, em 1651, faz publicar em Londres o Leviatãou matéria, forma e autoridade de uma comunidade eclesiástica e civil. O Leviatã será traduzido para o latim em 1688, em Amsterdam, mas nunca foi integralmente traduzido para o francês. 

Hobbes é um empirista inglês e nele encontramos os temas fundamentais que serão sempre os da escola. A origem de todo conhecimento é a sensação, princípio original do conhecimento dos próprios princípios: a imaginação é um agrupamento inédito de fragmentos de sensação e a memória nada mais é do que o reflexo de antigas sensações. 

Todavia, Hobbes crê na possibilidade de uma lógica pura, de um raciocínio demonstrativo muito rigoroso. Ao lado de uma indução empírica aproximativa, que da experiência passada conclui, sem prova decisiva, o que se passará amanhã (e que não tem outro fundamento além da associação de idéias, the trayan of imagination), Hobbes admite a existência de uma lógica pura, perfeitamente racional. Mas a essa lógica só concernem símbolos, palavras (Hobbes é nominalista). Se definirmos rigorosamente as palavras e as regras do emprego dos signos, podemos chegar a conclusões rigorosas, isto é, idênticas aos princípios de que partimos. Mas trata-se de um jogo do pensamento, estranho às realidades concretas. 

A filosofia de Hobbes é materialista e mecanicista. Assim como a percepção é explicada mecanicamente a partir das excitações transmitidas pelo cérebro, assim a moral se reduz ao interesse e à paixão. Na fonte de todos os nossos valores, há o que Hobbes denominaendeavour, em inglês, e conatus, em latim, isto é, o instinto de conservação ou, mais exatamente, de afirmação e de crescimento de si próprio; esforço próprio a todos os seres para unir-se ao que lhes agrada e fugir do que lhes desagrada (esse tema do conatus será reencontrado no spinozismo). 

É partindo de tais fundamentos psicológicos que Hobbes elabora sua justificação do despotismo. O absolutismo da época de Hobbes geralmente se apóia na teologia (Deus teria investido os reis de seu poder absoluto). Hobbes, ao justificar o poder absoluto do soberano, descobre-lhe uma origem natural. 

Para ele, o direito, em todos os casos, reduz-se à força; mas distingue dois momentos na história da humanidade: o estado natural e o estado político. No estado natural, o poder de cada um é medido por seu poder real; cada um tem exatamente tanto de direito quanto de força e todos só pensam na própria conservação e nos interesses pessoais. Para Hobbes, o homem se distingue dos insetos sociais, como as abelhas e as formigas; por isso, o homem não possui instinto social. Ele não é sociável por natureza e só o será por acidente. 

Para compreender como o homem se resolve a criar a instituição artificial do governo, basta descrever o que se passa no estado natural; o homem, por natureza, procura ultrapassar todos os seus semelhantes: ele não busca apenas a satisfação de suas necessidades naturais, mas sobretudo as alegrias da vaidade (pride). O maior sofrimento é ser desprezado. Assim sendo, o ofendido procura vingar-se, mas – observa Hobbes, antecipando aqui os temas hegelianos – comumente não deseja a morte de seu adversário e deseja seu cativeiro a fim de poder ler, em seu olhar atemorizado e submisso, o reconhecimento de sua própria superioridade. 

É claro que esse estado, em que cada um procura senão a morte, ao menos a sujeição do outro, é um estado extremamente infeliz. As expressões pelas quais Hobbes o descreve são célebres: “Homo homini lupus”, o homem é o lobo do homem; “Bellum omnium contra omnes”, é a guerra de todos contra todos. Não pensemos que mesmo os homens mais robustos desfrutem tranqüilamente as vitórias que sua força lhe assegura. Aquele que possui grande força muscular não está ao abrigo da astúcia do mais fraco. Este último – por maquinação secreta ou a partir de hábeis alianças – sempre é o suficientemente forte para vencer o mais forte. Por conseguinte, ao invés de uma desigualdade, é uma espécie de igualdade dos homens no estado natural que faz sua infelicidade. Pois, em definitivo, ninguém está protegido; o estado natural é, para todos, um estado de insegurança e de angústia. 

Assim sendo, o homem sempre tem medo de ser morto ou escravizado e esse temor, em última instância mais poderoso do que o orgulho, é a paixão que vai dar a palavra à razão. (Essa psicologia da vaidade e do medo é, em Hobbes, uma espécie de laicização da oposição teológica entre o orgulho espiritual e o temor a Deus ou humildade.) É o medo, portanto, que vai obrigar os homens a fundarem um estado social e a autoridade política. 

Os homens, portanto, vão se encarregar de estabelecer a paz e a segurança. Só haverá paz concretizável se cada um renunciar ao direito absoluto que tem sobre todas as coisas. Isto só será possível se cada um abdicar de seus direitos absolutos em favor de um soberano que, ao herdar os direitos de todos, terá um poder absoluto. Não existe aí a intervenção de uma exigência moral. Simplesmente o medo é maior do que a vaidade e os homens concordam em transmitir todos os seus poderes a um soberano. Quanto a este último, notemo-lo bem, ele é o senhor absoluto desde então, mas não possui o menor compromisso em relação a seus súditos. 

Seu direito não tem outro limite que seu poder e sua vontade. No estado de sociedade, como no de natureza, a força é a única medida do direito. No estado social, o monopólio da força pertence ao soberano. Houve, da parte de cada indivíduo, uma atemorizada renúncia do seu próprio poder. Mas não houve pacto nem contrato, o que houve, como diz Halbwachs, foi “uma alienação e não uma delegação de poderes”. O efeito comum do poder consistirá, para todos, na segurança, uma vez que o soberano terá, de fato, o maior interesse em fazer reinar a ordem se quiser permanecer no poder. Apesar de tudo, esse poder absoluto permanece um poder de fato que encontrará seus limites no dia em que os súditos preferirem morrer do que obedecer. Em todo caso, esta á a origem psicológica que Hobbes atribui ao poder despótico. Ele chama de Leviatã ao seu estado totalitário em lembrança de uma passagem da Bíblia (Jó XLI) em que tal palavra designa um animal monstruoso, cruel e invencível que é o rei dos orgulhosos. 

Finalmente, o totalitarismo de Hobbes submete – apesar de prudentes reservas – o poder religioso ao poder político. Assim é que ele exclui o “papismo” e o “presbiterianismo” por causa “dessa autoridade que alguns concedem ao papa em reinos que não lhe pertencem ou que alguns bispos, em suas dioceses, querem usurpar”.

 

O Estado Natural e o Pacto Social 

Leviatã, 1.ª parte: Do Homem

 

 

Cap. XIII 

… O Estado de natureza, essa guerra de todos contra todos tem por conseqüência o fato de nada ser injusto. As noções de certo e errado, de justiça e de injustiça não têm lugar nessa situação. Onde não há Poder comum, não há lei; onde não há lei, não há injustiça: força e astúcia são virtudes cardeais na guerra. Justiça e injustiça não pertencem à lista das faculdades naturais do Espírito ou do Corpo; pois, nesse caso, elas poderiam ser encontradas num homem que estivesse sozinho no mundo (como acontece com seus sentidos ou suas paixões). Na realidade, justiça e injustiça são qualidades relativas aos homens em sociedade, não ao homem solitário. A mesma situação de guerra não implica na existência da propriedade… nem na distinção entre o Meu e o Teu, mas apenas no fato de que a cada um pertence aquilo que for capaz de o guardar. Eis então, e por muito tempo, a triste condição em que o homem é colocado pela natureza com a possibilidade, é bem verdade, de sair dela, possibilidade que, por um lado, se apóia na Paixões e, por outro, em sua Razão. As paixões que inclinam o homem para a paz são o temor à morte violenta e o desejo de tudo o que é necessário a uma vida confortável… E a Razão sugere artigos de paz convenientes sobre os quais os homens podem ser levados a concordar. 

Cap. XIV 

… O direito natural que os escritores comumente chamam de Jus naturale é a Liberdade que tem cada um de se servir da própria força segundo sua vontade, para salvaguardar sua própria natureza, isto é, sua própria vida. E porque a condição humana é uma condição de guerra de cada um contra cada um… daí resulta que, nessa situação, cada um tem direito sobre todas as coisas, mesmo até o corpo dos outros… Enquanto dura esse direito natural de cada um sobre tudo e todos, não pode existir para nenhum homem (por mais forte ou astucioso que seja) a menor segurança… 

Cap. XV 

… Antes que se possa utilizar das palavras justo e injusto, é preciso que haja um Poder constrangedor; inicialmente, para forçar os homens a executar seus pactos pelo temor de uma punição maior do que o benefício que poderiam esperar se os violassem, em seguida, para garantir-lhes a propriedade do que adquirem por Contrato mútuo em substituição e no lugar do Direito universal que perdem. E não existe tal poder constrangedor antes da instituição de um Estado. É o que também resulta da definição que as Escolas dão geralmente da justiça, a saber, que a justiça é a vontade de atribuir a cada um o que lhe cabe pertencer; pois, quando nada é próprio, ou seja, quando não há propriedade, não há injustiça; e onde não há Poder Constrangedor estabelecido, em outras palavras, onde não há Estado, não há Propriedade e cada homem tem direito a todas as coisas. Por conseguinte, enquanto não há Estado, nada há que seja Injusto.

Hospital é condenado a pagar indenização

Hospital é condenado a pagar indenização de R$ 20 mil a paciente

images

A 9ª Vara Cível Central da Capital condenou o Hospital Sírio Libanês a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil a uma paciente. A autora da ação, uma senhora com 87 anos, alegava que, mesmo beneficiária de plano de saúde com cobertura para internação, o hospital teria se recusado, injustificadamente, a transferi-la da área de pronto-socorro para um quarto privativo.

O hospital alegava que a transferência não acorreu de imediato por ausência de vagas, mas que a paciente teria recebido todos os cuidados necessários até a mudança para o quarto.

De acordo com a sentença do juiz Valdir da Silva Queiroz, não ficou comprovado o argumento de inexistência de vaga em quarto privativo. “O hospital juntou ao processo apenas relação com emendas manuscritas e rasuras de reservas de vagas, aparentemente unilaterais, além de fotos de corredores e instalações que nada evidenciam”, afirmou.

O magistrado também destacou que “a paciente, com mais de 80 anos, permaneceu por 48 horas em local desconfortável, para quadro clínico que reconhecidamente exigia internação, sem motivo comprovado para tal acomodação, lhe gerando danos morais”.

Cabe recurso da decisão.

Processo nº 0176453-21.2012.8.26.0100

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

Robson Neves

Adeus, docência!

Número cada vez maior de professores que abandonam a profissão

i388652

 

Baixos salários, insatisfação no trabalho, desprestígio profissional. As condições são velhas conhecidas dos docentes, mas têm se convertido em um fenômeno que torna ainda mais preocupante a escassez de profissionais na Educação Básica: os professores têm deixado a sala de aula para se dedicar a outras áreas, como a iniciativa privada ou a docência no ensino superior.

 

Até maio deste ano, pediram exoneração 101 professores da rede pública estadual do Mato Grosso, 63 em Sergipe, 18 em Roraima e 16 em Santa Catarina. No Rio de Janeiro, a média anual é de 350 exonerações, segundo a Secretaria de Estado da Educação, sem discernir quantas dessas são a pedido. Mas a União dos Professores Públicos no Estado diz que, apenas nos cinco primeiros meses deste ano, 580 professores abandonaram a carreira (leia mais na página 43). Para completar o quadro, a procura pelas licenciaturas como um todo segue diminuindo, e a falta de interesse pela docência provoca a escassez de profissionais especialmente em disciplinas das ciências exatas e naturais.

Motivos para a evasão
“O motivo unânime para a evasão docente é a desvalorização da profissão e as más condições de trabalho”, diz a professora Romélia Mara Alves Souto, do departamento de Matemática e Estatística do programa de Mestrado em Educação da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Minas Gerais. Em um estudo com alunos da universidade, Romélia constatou que entre os formados de licenciatura em Matemática entre 2005 e 2010, quase dois terços trabalham como docentes – mas, destes, 45% não pretendem continuar na Educação Básica. A maioria presta concurso para instituições financeiras ou quer se tornar pequeno empresário. Uma boa parte também faz pós-graduação ou vai estudar em outra área para não seguir na docência.

“Para mim, a ferida principal disso tudo é o salário do professor. Os professores estão tendo de brigar para receber o piso”, avalia. Romélia também já lecionou na Educação Básica e foi para o ensino superior, sobretudo, por questões salariais. Deu aulas de matemática durante dez anos quando, em 1996, migrou para a docência superior.

O quadro parece se repetir há mais de uma década. Em 1999, Flavinês Rebolo, atualmente professora da pós-graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande (MS), defendeu uma tese de mestrado na Faculdade de Educação da USP em que focou o período de 1990-1995 na rede estadual paulista. Ela identificou que, além dos baixos salários, os fatores que mais contribuíam para a evasão docente eram a insatisfação no trabalho e o desprestígio profissional. “A questão salarial é uma luta de classe dos professores, em que eles têm toda a razão, mas no grupo que entrevistei o sentimento era muito mais de inutilidade que eles viam no trabalho”, lembra Flavinês. A desvalorização, pelos próprios alunos e pela comunidade, minava o ideal dos professores de que iriam contribuir para uma sociedade melhor, aponta a pesquisadora.

No princípio de tudo
“Choque de realidade” é o termo usado para esse sentimento entre os professores iniciantes, grupo em que a evasão costuma ser alta. A pedagoga Luciana França Leme se ressente da falta de pesquisas sobre a evasão docente no Brasil, mas avalia que uma das hipóteses para a desistência no começo da carreira é a exposição do professor iniciante às escolas mais vulneráveis. “Não é que o professor não tenha de ir para essas escolas, mas há uma relação entre perfil do alunado e as condições de trabalho docente.”

Luciana aponta, ainda, as diferenças da evasão entre as áreas de conhecimento. Ela considera a hipótese de que os professores das áreas de exatas têm mais possibilidade de migrar para outras por conta de uma formação mais específica, que permite a aplicação dos seus conhecimentos em setores como o mercado financeiro. Já entre os licenciados em humanidades, a aplicação dos conhecimentos da graduação em outras áreas profissionais é, normalmente, mais restrita, com exceção do curso geografia, em que há maior possibilidade de os formados trabalharem em empresas de geologia.

Fabio Rodrigues exemplifica a questão. Ele sonhava com a carreira docente quando ingressou na licenciatura de matemática na USP, no final de 2010. Depois de lecionar em cursinhos e, ao longo de três semestres letivos, em estágios obrigatórios na rede estadual, já no último semestre da graduação conseguiu emprego como assistente financeiro em uma empresa de engenharia. Em 2011, migrou para a área de Tecnologia da Informação, onde segue trabalhando como analista e desenvolvedor de sistemas. “Eu já tinha conhecimento sobre desenvolvimento de sistemas porque tive algumas disciplinas da área na USP e fazia alguns cursos por curiosidade e também por hobby”, diz.

Na outra ponta, Gisele Teodoro, formada em letras em 2008, migrou das aulas de inglês para o trabalho como telefonista bilíngue em uma empresa de mineração em Araxá. A desvalorização, o baixo salário e o excesso de trabalho fora da sala de aula foram os fatores para ela deixar o magistério. “Tanto o salário e os benefícios quanto a carga de trabalho bem menor são determinantes para que eu, pelo menos por enquanto, não tenha a menor pretensão de voltar para a sala de aula”, diz.

Futuro em perspectiva
Professor do Programa de Mestrado em Administração Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ex-diretor de Educação Básica Presencial da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Dilvo Ristoff pondera que em todas as profissões há evasão de profissionais. “O IBGE nos mostra que somente um terço dos engenheiros formados, por exemplo, atua como engenheiro e que apenas 75% dos médicos formados exercem a medicina”, diz. O professor da UFSC faz a comparação com os professores de Educação Básica para concluir que, se em profissões com salários mais altos a evasão é expressiva, não surpreende, em sua opinião, que a evasão de professores formados seja alta. Além de uma renda maior, Ristoff lista algumas necessidades urgentes na carreira docente no Brasil: perspectiva de carreira, boas condições de trabalho e de formação, respeitabilidade social. “O professor, como todo ser humano, é movido por uma imagem de futuro que constrói para si. Se no seu trabalho ele percebe, dia após dia, que o seu futuro será uma réplica do seu presente – ou seja, no caso, tão ruim quanto o seu presente – ele desanima e, na primeira oportunidade, abandona a profissão”, afirma.

A pedagoga Luciana França Leme ressalta que a solução de atratividade para a carreira docente pode ser alcançada a longo prazo, porque ela vai reverberar na questão social e na questão cultural quanto à imagem do professor. Na sua tese de mestrado sobre os ingressantes nas licenciaturas em matemática e física e em pedagogia na USP, os motivos para que os alunos apontassem dúvidas quanto a querer ser docente eram muito semelhantes nos três cursos. A questão salarial era a de maior influência, mas há outras. “Uma das razões mais pontuadas, no escore da pesquisa foi que os alunos seriam professores caso pudessem ingressar em uma escola reconhecida com bom projeto educacional”, diz. Ela afirma que medidas pontuais para atrair docentes à Educação Básica não vão resolver o problema justamente pela atratividade ter muitos fatores conjugados.

Em 2010, a Fundação Carlos Chagas elaborou uma pesquisa para investigar a atratividade da carreira docente no Brasil pela ótica de alunos concluintes do ensino médio. Uma das autoras do artigo em que são apresentados os resultados da pesquisa, Patrícia Albieri de Almeida – pesquisadora da Fundação e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie – afirma que um fator determinante para a baixa atratividade à docência, presente no estudo, é o pouco reconhecimento social da profissão, no sentido de o magistério não ser entendido como uma carreira em que é necessário um conhecimento específico que a diferencia de outras formações. “Até mesmo como reflexo disso muitos estudantes descartam a docência por acharem que não têm as características pessoais para isso. Esse fator aparece até mais forte do que a questão do baixo salário. É muito forte, em nossa sociedade, a ideia de que basta ter dom e vocação para exercer a docência”, afirma Patrícia.

Professores em Déficit
Para Mozart Ramos – professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do conselho de governança do movimento Todos pela Educação -, a baixa atratividade à docência é o maior desafio, hoje, na educação brasileira. “É uma questão estratégica: ter bons alunos egressos do ensino médio para os cursos de licenciatura e, posteriormente, para a carreira do magistério é essencial”, afirma. Em sua avaliação, são quatro as principais razões para a pouca atratividade à profissão: baixos salários – a média salarial no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, citada por Mozart, é de R$ 1,8 mil; falta de plano de carreira e pouca expectativa de crescimento profissional; pouca conexão entre as licenciaturas e a Educação Básica; e más condições de trabalho. “As condições de trabalho são ruins tanto no âmbito das questões de violência, em sala de aula e fora dela, quanto na falta de insumos para que o professor exerça bem suas atividades”, diz.

O problema da baixa quantidade de professores formados não é recente, segundo adverte Antonio Ibañez, conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE e professor aposentado do curso de engenharia mecânica da Universidade de Brasília (UnB). Quando era reitor da UnB, em 1991, ele constatou por meio de relatórios o pequeno número de professores licenciados em ciências exatas e naturais pela universidade nos 30 anos anteriores. “Eram poucos mesmo, menos de duas dúzias. Fiquei preocupado de como uma universidade importante tinha formado tão poucos professores para Educação Básica, algo que, constatei depois, era um problema generalizado em outros estados”.

O CNE publicou um relatório em maio de 2007 que, por meio de uma simulação, quantificava os professores necessários para atender a todos os alunos que estavam matriculados no segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio. “A conclusão foi que, sobretudo nas disciplinas mencionadas, faltavam docentes ou, então, as vagas eram preenchidas por professores que não tinham a qualificação específica ou a titulação necessária para a disciplina”, diz Ibañez. A estimativa era de que havia demanda total por 106,6 mil professores formados em matemática e 55,2 mil em física e em química. Mas o número de licenciados entre 1990 e 2001 havia sido somente de 55,3 mil (matemática), 7,2 mil (física) e 13,5 mil (química).

A cada dez alunos ingressantes nas licenciaturas em física e em matemática da Universidade de São Paulo (USP), em 2010, cinco não queriam ser professores na Educação Básica ou não estavam certos sobre isso. Os dados são da tese de mestrado da pedagoga Luciana França Leme.

Desinteresse
Entre os licenciados em física no campus de Bauru da Unesp, entre 1991 e 2008, a maior parte chegou a dar aulas no ciclo básico – mas um terço desistiu da profissão. A constatação também é fruto de uma pesquisa de mestrado, de Sérgio Kussuda, sobre a escolha profissional dos licenciados em física na universidade. Entre 377 concluintes da licenciatura em física no período, a pesquisa teve a participação de 52 licenciados que responderam aos questionários. Entre eles, 32, em algum momento da carreira, lecionaram na Educação Básica. Segundo a apresentação da tese de Kussuda, uma das principais conclusões é que a falta de professores de física não se deve somente ao pequeno número de formados, mas, sim, à da evasão docente para outras áreas profissionais.

O estudo de Luciana também apontou que, entre os que se matricularam em pedagogia em 2010, 30% não queriam ou estavam incertos quanto ao ingresso na carreira docente. “A propensão a não ser professor entre os ingressantes em pedagogia é bem menor do que nas licenciaturas em física e matemática, mas não é um percentual desprezível”, diz a pedagoga.

A pouca procura por cursos de licenciatura em geral e os baixos índices de formação, a propensão de parte significativa dos ingressantes nesses cursos para não seguir carreira docente e a evasão de jovens professores da Educação Básica são alguns dos principais fatores que, somados, resultam em um quadro de escassez docente. O desafio em atrair professores não é exclusividade do Brasil (veja mais na pág. 50) e, por enquanto, não tem afetado a rede privada de forma importante, embora gere algumas preocupações. O problema se agrava quando se observa que professores lecionam matérias para as quais não têm formação específica. “Dados demonstram que cerca de metade dos professores da Educação Básica são improvisados, isto é, não foram formados para ensinar o que ensinam”, diz Dilvo Ristoff.

Vera Placco, professora e coordenadora do programa de pós-graduação em Educação (Psicologia da Educação) da PUC-SP, avalia que muitas das políticas educacionais para valorizar o professor e a educação não têm alcançado resultados concretos e desejados. “É preciso que o professor tenha uma formação continuada que possibilite a ele agir de forma mais atuante na sala de aula e na escola, participando da estruturação do currículo e do projeto político-pedagógico da escola”, defende. Para ela, a preparação do professor para trabalhar com diferentes idades deveria ser aprofundada na formação continuada.

Dilvo Ristoff avalia que medidas importantes têm sido tomadas no sentido de valorização da carreira docente e consequente busca pela atratividade à profissão, como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), a lei do piso salarial e o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), do qual o programa de segunda licenciatura faz parte. “Mas são todas ações insuficientes: algumas são apenas pontuais e outras dependem da superação da crise sistêmica e do conflito de competências na Federação para o seu sucesso.” Ao mesmo tempo que enfrentam as questões centrais, as instituições e o governo federal devem criar políticas focadas para formação de professores com ênfase especial nas áreas mais carentes. “Isso, no entanto, não deve significar desincentivo às demais áreas, pois temos carências em todas as disciplinas e em todas as regiões do país”, diz.

Paula Louzano, professora da Faculdade de Educação da USP, destaca que a profissionalização do docente implica valorizar a ideia de uma profissão que deve ser ocupada por alguém que estudou devidamente para isso. “Se se concorda com essa ideia, então não dá para termos formação a distância – ninguém fala, por exemplo, em ensino a distância para formação de médicos. Não dá, portanto, para ser uma formação aligeirada.” Segundo Paula, hoje 30% dos cursos de formação de professor no Brasil são a distância. Em 2006, eram 17%.

Um programa em estruturação do MEC, Quero ser professor, quero ser cientista, é voltado para as áreas de matemática, química, física e biologia, com estímulos a alunos do ensino médio para seguir carreira na área científica ou na docência na Educação Básica. O programa tem como meta atender 100 mil estudantes: serão incorporados, segundo o MEC, estudantes medalhistas de olimpíadas de matemática e de língua portuguesa, entre outras – não foram claramente definidos os critérios ainda. Professores que participarem do programa terão direito a bolsas e extensão na formação – o Quero ser professor… não pretende condicionar as bolsas e titulações de pós-graduação ao desempenho satisfatório dos estudantes, mas isso poderá ser decidido nos estados e municípios. A meta é oferecer dez mil bolsas Pibid. O MEC não informou se serão novas bolsas, somadas às que já são oferecidas pelo Pibid, ou se parte das bolsas já oferecidas serão destinadas ao programa – segundo a Capes, em 2012 foram oferecidas 40 mil bolsas Pibid para a categoria alunos de licenciatura. “As bolsas para motivar o estudante para ir para as licenciaturas concorrem com uma infinidade de outras bolsas. Por isso, não é mais um recurso tão atrativo”, avalia Antonio Ibañez.

O conselheiro do CNE idealiza que a rotina dos professores de Educação Básica tenha similaridades com a dos professores universitários. “Eles têm uma carreira e sabem qual percurso têm para seguir”, descreve. E defende que os professores possam fazer pesquisas sobre métodos e resultados da aprendizagem dos alunos, apresentando-os em congressos de Educação Básica, com uma dinâmica similar à que existe na educação superior. Flavinês Rebolo aposta em um cenário diverso do atual. “Um clima de escola com relações interpessoais harmônicas e equilibradas, com apoio mútuo entre os professores, possibilidades de trabalho coletivo, são alguns dos aspectos que podem tornar o trabalho mais satisfatório e prazeroso, e isso com certeza contribui para que o professor se mantenha na profissão. Mas é claro que não depende só de esforços das pessoas, é preciso ter políticas públicas que ofereçam espaços para os trabalhos coletivos e outro tipo de organização do trabalho dentro da escola. Isso, devagarzinho, está acontecendo”, diz Flavinês.

A falta de atratividade das licenciaturas

O que pode agravar o diagnóstico do CNE feito em 2007 é que a procura pelas licenciaturas como um todo, no país, segue diminuindo nos últimos anos. Em 2005, foram 1,2 milhão de matriculados. Já em 2010, após uma queda verificada ano a ano, foram 928 mil matrículas. Os números foram processados e apresentados em novembro do ano passado em um artigo de Dilvo Ristoff em coautoria com Lucídio Bianchetti, também professor da UFSC, a partir de dados do Censo da Educação Superior. A queda contrasta com o número crescente de bacharéis e tecnólogos formados. “Os programas existentes da Capes, apesar de serem bons e necessários, não conseguem interferir na falta de atratividade das licenciaturas. As universidades precisam ajudar, redesenhando com coragem os seus projetos pedagógicos de licenciatura, entendendo que nesses cursos há que se preparar o futuro professor e não o bacharel”, opina Ristoff.

 

“Eu já preparava aulas para qualquer disciplina”
William Rodrigues, deixou a docência para voltar à graduação
William Rodrigues se licenciou em história no campus de Assis da Universidade Estadual Paulista em 2010. Entre o último semestre da graduação e o início de 2012, foi professor da rede estadual de São Paulo na categoria “O” – regime de contratação por tempo determinado para atender necessidades temporárias, como substituição de docentes. “Muitas vezes eu dei aulas de matemática, física e inglês. E os alunos sabiam que eu era professor de história e que estava lá tapando um buraco, eles tinham total consciência disso”, diz.

De julho a dezembro de 2011, ele fazia uma espécie de plantão, esperando a falta aleatória de algum professor. Chegou, em uma semana, a dar 46 aulas. “Eu já preparava, em casa, aulas que pudessem ser ministradas para qualquer disciplina”, diz. No início de 2012, William foi aprovado no concurso de docentes para um posto definitivo na rede estadual paulista. Mas preferiu desistir da carreira de professor e não assumiu o cargo. Na ocasião, estava se mudando para Foz do Iguaçu (PR), onde acabara de se matricular em uma segunda graduação, em relações internacionais, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Hoje, segue como estudante no segundo ano do curso.  William estava em Assis em maio, em férias do curso de RI, quando conversou por telefone com Educação. O contato com a cidade natal onde se licenciou na Unesp o fez pensar na possibilidade de voltar a lecionar. “Estava com muitas saudades daqui. Nesse último mês, senti muita falta das aulas: história me dá brilho nos olhos, é um curso com o qual eu queria trabalhar”, afirma. “Acho que eu até voltaria a dar aula, tenho saudade da sala e do contato com os alunos. Ser professor é muito bom, não é ruim. O que é ruim é o descaso, é sair de casa e não conseguir trabalhar por falta de estrutura.”

 

E na rede particular?

Amábile Pacios, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) e diretora do colégio Dromos, no Distrito Federal, não vê, até o momento, problemas expressivos de escassez de professores na rede particular de Educação Básica. “Mas acho que a rede poderá sofrer impacto no futuro, pois temos cada vez menos pessoas interessadas no magistério”, prevê. “Precisamos de política pública, mas falta também reconhecimento da população. Há desprestígio e desqualificação do professor – e, em alguns casos, na particular é mais acentuado: quando, por exemplo, as famílias dão razão ao filho em detrimento de uma posição que um professor tenha assumido em sala de aula”, avalia.

João Carlos Martins, diretor-geral do Colégio Renascença, em São Paulo, e consultor educacional na rede particular, atua na gestão de colégios há cerca de 20 anos e também se preocupa com uma possível escassez docente no futuro. “Ainda temos um bom grupo de professores no mercado para educação infantil e educação fundamental 1, mas para fundamental 2 e ensino médio o quadro já está difícil”, identifica ele. Ele avalia que muitos licenciados vão da graduação diretamente para a pós-graduação.

Robson Neves Por Uol Noticias

Existe competência ou preciso ter costa quente no Brasil?

Filhas de ministros do STF disputam altos cargos no Judiciário mesmo sem experiência

Para o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), a advogada Marianna Fux, 32, é “respeitada” e “brilhante”.

Na avaliação de Ophir Cavalcante, ex-presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o currículo da colega Leticia Mello, 37, “impressiona”.

A mesma opinião tem o experiente advogado José Roberto Batocchio: “É uma advogada com intensa militância, integra um grande escritório, com ampla atuação no Rio”.

Meses atrás, o mais novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, exaltou as qualidades de Leticia numa carta enviada a desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com jurisdição no Rio e no Espírito Santo. Em troca, ela prestigiou a posse dele no STF.

As duas advogadas são filhas de ministros do Supremo. Com poucos anos de advocacia, estão em campanha para virar desembargadoras, juízas da segunda instância.

Filha do ministro Luiz Fux, Marianna lidera as apostas para substituir o desembargador Adilson Macabu, que se aposenta no Tribunal de Justiça do Rio nesta semana.

Se for bem sucedida, ela terá um salário de R$ 25,3 mil e regalias como carro oficial e gabinete com assessores.

Filha do ministro Marco Aurélio Mello, Letícia pode conseguir coisa parecida. Ela foi a mais votada numa lista submetida à presidente Dilma Rousseff para o preenchimento de uma vaga no TRF do Rio.

Leticia é mais experiente do que Marianna. Formou-se em 1997 e trabalha num escritório de prestígio. É considerada no meio jurídico uma advogada promissora, mas que dificilmente chegaria tão cedo a uma lista tríplice se o pai não estivesse no STF.

Montagem com as advogadas Leticia Mello (à esq.), filha do ministro Marco Aurélio Mello, e Marianna Fux, filha do ministro Luiz Fux

Montagem com as advogadas Leticia Mello (à esq.), filha do ministro Marco Aurélio Mello, e Marianna Fux, filha do ministro Luiz Fux

Em entrevista à Folha, Marco Aurélio saiu em defesa da filha: “Se ser novo apresenta algum defeito, o tempo corrige”. Ele procurou desembargadores para tratar da indicação da filha, mas nega ter pedido qualquer coisa. “Jamais pedi voto, só telefonei depois que ela os visitou para agradecer a atenção a ela”.

No TJ do Rio, há registro de apenas cinco processos em que Leticia atuou. No TRF, onde ela quer ser desembargadora, não há menção. Leticia formou-se no Centro Universitário de Brasília e não tem cursos de pós-graduação.

“Há muitos que têm diversos canudos debaixo do braço e deixam a desejar”, diz Marco Aurélio. “É pecado [a indicação]? É justo que nossos filhos tenham que optar por uma vida de monge?”

Leticia e Marianna disputam vagas do chamado quinto constitucional, reservadas a juízes indicados pela OAB.

O ministro Fux foi desembargador do TJ do Rio no início da carreira e conhece quem pode ajudar sua filha. A votação no tribunal deverá ser aberta. Um integrante do TJ diz que isso pode criar constrangimento, se algum ex-colega de Fux quiser se opor à escolha da sua filha.

Marianna formou-se há dez anos pela Universidade Cândido Mendes, no Rio, e seu currículo exibe uma pós-graduação em Teoria das Obrigações e Prática Contratual pela Fundação Getúlio Vargas.

A FGV informou à Folha que não se trata de pós-graduação, mas de um curso de extensão universitária de quatro meses. Marianna atuou em apenas seis processos no TJ do Rio: um sobre extravio de bagagem, os demais sobre espólio e dano moral.

Em abril deste ano, o advogado Sérgio Bermudes, que é amigo de Fux e emprega Marianna, organizou uma festa para comemorar o aniversário do ministro. Os desembargadores do TJ foram convidados, mas Fux cancelou o evento após sofrer críticas.

O presidente da OAB do Rio, Felipe Santa Cruz, diz que ainda não foi aberta a lista para a qual Marianna poderá ser indicada. “Não posso me manifestar sobre algo que não existe ainda”, afirmou, sem negar a movimentação a favor da advogada.

Leticia Mello tem dois adversários mais experientes na lista submetida a Dilma: os advogados Luiz Henrique Alochio, 43, e Rosane Thomé, 52.

Eles preferem evitar a polêmica. “Espero que seja escolhido o melhor avaliado do ponto de vista da meritocracia”, diz Alochio. “Não tenho grandes expectativas. A nomeação é tão sem critério, aleatória”, afirma Rosane, que tem 30 anos de advocacia.

Procurada, Leticia disse que não se manifestaria sobre o assunto. Marianna e seu pai não responderam aos pedidos de entrevista da Folha.

Robson Neves via Folha de São Paulo

 

Dia internacional do Rock

Dia do rock é aqui no blog Robson Neves

O dia 13 de julho é conhecido no Brasil como Dia Mundial do Rock. A data celebra anualmente o rock e foi escolhida em homenagem ao Live Aid, megaevento que aconteceu nesse dia em 1985. A celebração é uma referência a um desejo expressado por Phil Collins, participante do evento, que gostaria que aquele fosse considerado o “dia mundial do rock”. 1

images (2)

História

Em 13 de julho de 1985Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia. O evento chamou a atenção por contar com a presença de muitos artistas famosos na época. Entre os participantes, estavam The WhoStatus QuoLed ZeppelinDire StraitsMadonnaQueenJoan BaezDavid BowieBB KingMick JaggerStingScorpionsU2Paul McCartneyPhil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.2

Os shows foram transmitidos ao vivo pela BBC para diversos países e abriram os olhos do mundo para a miséria no continente africano.

Em 2005, 20 anos depois do primeiro evento, Bob Geldof organizou o Live 8, uma nova edição com estrutura maior e shows em mais países. Dessa vez o objetivo foi pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres e erradicar a miséria do mundo.

No Live 8 o Grupo de Rock Britânico Pink Floyd se reuniu em sua formação clássica pela primeira vez depois de 20 anos de separação.

Raul Seixas o rei do Rock Brasileiro

Raul Seixas o rei do Rock Brasileiro

Comemoração somente no Brasil

Apesar de se chamar “Dia Mundial do Rock”, a data só é comemorada no Brasil. Ela começou a ser celebrada em meados dos anos 1990, quando duas rádios paulistanas especializadas em rock – 89 FM e 97 FM – começaram a mencionar a data em sua programação. 3 A celebração foi amplamente aceita pelos ouvintes e, em poucos anos, passou a ser popular em todo o país. Entretanto, essa data é completamente ignorada em todo o resto do mundo.

Outros países e localidades não têm uma data específica para celebrar esse estilo musical ou têm outras datas. Nos EUA, poucas pessoas comemoram a data no dia 9 de julho, em homenagem ao programa “American Bandstand, deDick Clark, que estreou nessa data.4 O programa ajudou a popularizar o rock and roll nos EUA.

Dia do rock em Londrina

Na concha acústica de Londrina na tarde desse último sábado (13 de Julho)aconteceu um evento em comemoração ao dia internacional do Rock, contando com a presença de várias bandas e artistas e claro milhares de adeptos do estilo rebelde e contestador. Não tinha idade definida várias idades estavam no evento desde crianças até os vovôs de rock dos anos 60 participaram eufóricos com as bandas no palco que tocaram desde Chuck Berry a Rolling Stones, e a galera de Rolândia não ficou de fora contou com as fotos e vídeos do Repórter José Carlos Farina (blog do Farina), e também com a presença de Robson Neves, e os irmãos Ivan Nilton e Willian Aparecido porém relato que havia mais gente de Rolândia no evento.

CRÍTICA DO ROBSON NEVES Infelizmente não lembraram do RAUL SEIXAS ele começou o Rock no Brasil, na Bahia nos anos 50, o primeiro fã club de Rock foi RAULZITO que fundou foi o ELVIS ROCK CLUB, ele era fã incondicional do artista Norte Americano, e infelizmente no dia do Rock em Londrina faltou o rei do Rock Brasileiro que foi o primeiro e talvez o único que sempre será “lembrado” de verdade por quem gosta de Rock e sem modismo. VIVA RAUL só quem é inesquecível de verdade em todos os bares e violões nas mãos da vida tem sua frase mágica ecoada por todos: TOCA RAUL

Ivan Nilton, Willian Aparecido e Robson Neves

Ivan Nilton, Willian Aparecido e Robson Neves

Este slideshow necessita de JavaScript.

Video José Carlos Farina

Verdade ou mito?

Utilizar o notebook no colo pode causar danos à pele?

Os notebooks mudaram completamente algumas atitudes de quem não desgruda de um computador. Um ótimo exemplo é a revolução que causaram no meio acadêmico. Antes era preciso elaborar documentos no computador de casa, imprimi-los em folhas transparentes e então usar o retroprojetor da instituição de ensino para apresentar determinado trabalho.

E não é só nesse exemplo que vemos uma grande mudança. Antigamente era preciso passar frio e ficar usando o PC em uma cadeira desconfortável. Agora os laptops possibilitam acessar a web, assistir a filmes e usufruir de todo o potencial da informática no conforto da cama. Basta carregar o notebook para onde desejar, colocá-lo no colo e realizar qualquer atividade.

Tudo seria muito perfeito, se não fosse um pequeno inconveniente: o calor. Diversas pessoas vêm relatando que passaram por situações em que usaram o PC no colo e acabaram notando leves queimaduras na pele. Relatos desse tipo levaram alguns médicos a uma questão: afinal, utilizar o notebook no colo pode causar danos à pele?

Mito ou verdade: utilizar o notebook no colo pode causar danos à pele?

Para esclarecer essa dúvida e outras questões relacionadas, entramos em contato com a doutora Kerstin Taniguchi Abagge, integrante do Serviço de Dermatopediatria do Departamento de Pediatria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Agora você confere na íntegra nossas questões e as respectivas respostas da especialista.

Desvendando o mistério

Existe algum estudo para debater a questão dos danos à pele causados pelo uso do notebook no colo?

Sim. Existem vários relatos de caso acerca de lesões causadas pelo notebook, principalmente aquelas relacionadas ao calor (radiação infravermelha) em contato com a pele, também chamadas de “eritema ab igne”.

Há casos que atestem os danos e malefícios do uso do notebook no colo? A partir de qual temperatura há um risco significativo?

Sim, há alguns relatos na literatura sobre a ocorrência de lesões de pele. Geralmente temperaturas acima de 45 ºC.

Qual o tempo máximo recomendado para se utilizar o notebook no colo?

O ideal seria a NÃO UTILIZAÇÃO ou a utilização com equipamentos de resfriamento (como os que contêm uma ventoinha com conexão USB) ou aqueles que proporcionam maior distância entre a CPU e a pele. Tanto pela saúde da pele quanto pelo adequado resfriamento do computador, pois seu superaquecimento pode levar a danos no equipamento.

Mito ou verdade: utilizar o notebook no colo pode causar danos à pele? (Fonte da imagem: Divulgação/Targus)

Quais os piores danos que esse calor pode causar? Existe a possibilidade de desenvolver câncer de pele?

Se a lesão pelo calor for de longa duração, pode haver queimadura, atrofia, alterações de pigmentação, ceratoses e até mesmo o surgimento de carcinoma de pele.

Em caso de danos, como se dá o tratamento?

Afastamento do calor, evitar exposição ao sol, utilização de cremes de corticosteróide na fase aguda e fotoproteção.

Há algum estudo comprovando quais marcas de notebook tendem a gerar problemas desse tipo?

Não que eu saiba. Todos os que eventualmente atinjam temperaturas acima de 45 ºC poderiam causar esse tipo de lesão.

Mito ou verdade: utilizar o notebook no colo pode causar danos à pele?

Esse calor excessivo gerado pelo notebook pode causar impotência nos homens?

Há relatos de que o aumento da temperatura testicular poderia levar a uma diminuição na espermatogênese (produção de espermatozoides), ou seja, infertilidade, mas não impotência. Desconheço casos descritos na literatura médica de impotência relacionada ao uso do laptop no colo.

As fabricantes têm consciência dos problemas

Essa polêmica do “superaquecimento” não é nada nova e, inclusive, existem diversas notícias comprovando que muitas fabricantes fazem recalls para consertar centenas de milhares de produtos que aquecem além do comum. A Sony é uma das empresas que teve reclamações, no ano passado, e foi instruída por autoridades americanas a recolher os produtos danificados que estavam causando transtornos a diversos clientes.

E não foi só a fabricante japonesa que teve complicações quanto a isso. A HP também já teve que fazer recalls e sempre acontece de sabermos de alguma outra marca que tem de trocar os notebooks, pois estão com problemas de superaquecimento ou de bateria. Com alguns novos modelos esses inconvenientes estão desaparecendo, graças a novos processadores, como o Intel Atom e os modelos da linha AMD Fusion.

Possíveis causas e como evitar

Aproveitando o tema, nada melhor do que explorarmos todas as questões e garantirmos que você sane suas dúvidas de uma vez por todas. Por isso, elaboramos duas pequenas listas para citar os possíveis problemas que podem fazer o computador aquecer e algumas soluções.

Por que o notebook esquenta?

1. Se você comprou seu laptop há algum tempo, então é possível que o aquecimento seja culpa da poeira (como mostrado na imagem abaixo). Ao contrário de computadores desktop, os notebooks não são abertos com frequência e, consequentemente, a sujeira acumula com facilidade;

Mito ou verdade: utilizar o notebook no colo pode causar danos à pele? (Fonte da imagem: Reprodução/DMahalko)

2. O cooler não está operando na velocidade mínima necessária para refrigerar a CPU;

3. Você possivelmente está utilizando o notebook em uma superfície que não possibilita a passagem de ar;

4. Pode haver um problema na pasta térmica do processador. Se ela não opera da maneira esperada, pode ser que o processador esquente por não estar transmitindo o calor da maneira apropriada para o dissipador;

5. O problema pode ser no hardware. Talvez o processador esteja operando com uma tensão acima do normal ou foi realizado um overclock na CPU.

Como solucionar o problema?

1. Limpe as ventoinhas e todas as saídas de ar do notebook;

2. Use algum aplicativo para verificar se o cooler está trabalhando na velocidade padrão. Certifique-se de que não há nenhuma configuração na BIOS que esteja desregulada;

3. Verifique por onde o ar quente sai. Caso o cooler fique posicionado na parte de baixo, procure usar o computador em superfícies onde a saída não fique obstruída. Evite utilizar almofadas ou cobertores em baixo do computador. Talvez um cooler com conexão USB resolva o problema;

4. Envie o computador para a assistência técnica autorizada para a substituição da pasta térmica;

5. Verifique na BIOS ou com algum software se o processador está operando com os valores de fábrica. Caso nenhuma das soluções resolva, envie o notebook para a assistência técnica.

Leia mais sobre o assunto

Desvendamos mais um mito ou verdade. Agora que você sabe que existe a possibilidade de que o notebook gere danos à pele, procure, sempre que possível, utilizar o notebook sem realizar contato direto com o corpo. Mesas portáteis com coolers podem ser excelentes alternativas para usar o PC no colo sem correr o risco de ter a pele queimada.

Caso você queira buscar mais informações sobre os problemas dermatológicos causados por notebooks, recomendamos a leitura do artigo “Eritema Ab Igne em adolescente induzido por computador laptop”, da doutora Susana Giraldi. Você pode fazer o download do arquivo PDF clicando aqui.

Você já teve problemas com o calor gerado pelo notebook? Tem outras dicas para evitar o superaquecimento e os danos à pele? Deixe seu comentário!

Tecmundo Por Robson Neves

Curso sobre a Constituição Federal

CURSO SOBRE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL É MINISTRADO NO COLÉGIO SOUZA NAVES
PELO ESTUDANTE DE DIREITO ROBSON NEVES

Nos dias 8 e 9 de Julho foi ministrado no Colégio Souza Naves na cidade de Rolândia o curso sobre a Constituição Federal de 1988
onde os alunos tiveram a oportunidade de ter um contato maior com a Constituição vigente no Brasil e suas normas.
Muitos dos alunos não sabiam o que era a Constituição portanto despertaram bastante interesse pelo curso, por se tratar
de um tema importante que acaba tendo muitas evidências principalmente com as grandes ondas de protestos no país.

Entendendo que a população deve sempre saber seus direitos e deveres a idéia do curso surgiu com a possibilidade
dos próprios alunos de certa forma levarem para suas famílias as informações agregadas no curso, informações estas,
que com certeza os próprios pais não sabem também. O curso começou com uma breve introdução de como surgiu as Constituições
no mundo e seu surgimento na Europa, depois passamos a discutir sobre as Constituições Brasileiras, desde a 1° que foi escrita
em 1824 até a atual que é conhecida como a Constituição Cidadã, promulgada no dia 5 de Outubro de 1988.

OLYMPUS DIGITAL CAMERA OLYMPUS DIGITAL CAMERA OLYMPUS DIGITAL CAMERA

O curso foi um sucesso mesmo sendo realizado no 1° e 2° dias de férias dos alunos mas já estamos estudando uma

nova data para posterior realização de um novo curso, a equipe pedagógica do colégio e o diretor Ricardo aprovaram

o curso por entenderem de grande importância tanto cultural como também sendo um ato de cidadania o conhecimento

de nossos direitos e deveres.

Acompanhe os videos com depoimentos dos alunos

a